Mielopatia cervical

Mielopatia cervical: saiba o que é e como tratar!

Uma das histórias que mais costumo escutar no consultório é a de algum idoso acompanhado de seus familiares dizendo que apresentou uma queda ou bateu a cabeça.

A partir disso, ele começa a sentir fraqueza nas mãos, além de dormência ou formigamentos e, às vezes, dificuldade para caminhar.

Se você já presenciou essa situação ou já ouviu falar disso, saiba que essa é uma das queixas comuns de quem sofre da mielopatia cervical ou do canal estreito cervical.

Neste texto, você encontrará tudo o que precisa saber sobre a mielopatia espondilótica ou canal estreito cervical, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

Continue lendo para obter informações de qualidade e descobrir como melhorar a saúde da sua coluna.

Mielopatia cervical o que é?

A mielopatia cervical espondilótica, também conhecida como canal estreito cervical, é uma condição degenerativa que afeta a região cervical da coluna.

Ela está relacionada com o envelhecimento acelerado da coluna vertebral. Para entender melhor sobre isso, não deixe de conferir meu texto sobre espondilose da coluna aqui no blog.

Dentro desse processo de degeneração ou desgaste, as articulações e ligamentos aumentam de tamanho, formam-se hérnias de disco cervicais, levando, dessa forma, a um estreitamento, a uma compressão da medula cervical e das raízes nervosas, causando os diversos sintomas. 

Essa condição é frequentemente relacionada ao envelhecimento. É considerada a forma mais comum de lesão medular em adultos.

Segundo dados de estatísticas dos Estados Unidos, estima-se que 50% das pessoas acima de 55 anos possuem alterações nos exames de imagem sugestivas de espondilose cervical, porém cerca de 10% apresentam alterações e sintomas decorrentes dessa condição.

O que causa a mielopatia cervical?

A mielopatia cervical pode ser causada por diversos fatores, sendo o envelhecimento e o desgaste da coluna vertebral os principais. Esse processo é acelerado por movimentos excessivos e traumas repetitivos. 

À medida que envelhecemos, os discos intervertebrais – os amortecedores que se situam entre dois corpos vertebrais – começam a perder água, reduzindo sua altura.

Isso desencadeia um processo de desgaste acelerado nas articulações entre as vértebras, fazendo com que essas estruturas aumentem de tamanho. Além disso, os ligamentos tornam-se mais espessos e, com isso, o espaço por onde a medula e as raízes que formam os nervos cervicais passam fica mais estreito, causando compressão e levando aos sintomas típicos dessa doença.

Mas o que significa mielopatia na coluna cervical? 

Algumas pessoas até perguntam se mielopatia é câncer. Alguns tumores até podem se originar dentro da medula ou comprimi-la causando sintomas, porém a causa mais comum é o canal estreito cervical. 

O termo mielopatia significa problemas que podem afetar a medula, causando compressão e levando a sintomas. A mielopatia pode ser identificada por meio de exames de imagem ou observada durante o exame físico realizado pelo neurocirurgião especialista em coluna.

Quais são os principais sintomas?

Os sintomas da mielopatia cervical espondilótica podem surgir de forma lenta e gradual ou de forma súbita quando associados a algum tipo de trauma ou queda.

Os sintomas mais comuns são:

  • Dores no pescoço;
  • Perda de força nas mãos 
  • Perda de força nas pernas;
  • Dificuldade de caminhar
  • Falta de equilíbrio 
  • Dormências
  • Formigamentos

Esses sintomas podem afetar a qualidade de vida e, até mesmo, sua capacidade de trabalho, por isso, é importante buscar tratamento adequado com um médico especialista em coluna.

Inclusive, a mielopatia cervical pode ser uma causa de afastamento ou aposentadoria por invalidez se não for tratada de forma correta.

Contudo, com uma identificação precoce e correção rápida do problema, em conjunto com um trabalho de fisioterapia, é possível voltar a trabalhar e a realizar todas as atividades do dia a dia.

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Como é feito o diagnóstico da mielopatia cervical?

 

Como é feito o diagnóstico da mielopatia cervical?

Quando houver suspeita ou a presença de alguns dos sinais e sintomas já descritos anteriormente, é importante realizar uma avaliação com um neurocirurgião ou ortopedista especialista em coluna. Inclusive aqui você pode agendar sua consulta com o neurocirurgião Dr. Felipe Mendes.

É realizada uma avaliação clínica detalhada, com coleta de todo o histórico clínico e do relato do problema, além do exame físico minucioso para identificar algumas alterações típicas da mielopatia. 

Caso necessário, são solicitados exames de imagem como radiografias ou rx da coluna cervical em conjunto com ressonância magnética e tomografia computadorizada. 

Com esses exames, é possível determinar a causa da mielopatia, o grau de acometimento e planejar o tratamento da forma mais personalizada possível.

Afinal, quais são os tratamentos para a mielopatia cervical?

O tratamento da mielopatia cervical pode envolver abordagens conservadoras, como fisioterapia, medicamentos para alívio da dor e modificações nas atividades diárias com incentivo à prática de atividades físicas para os casos mais leves.

Em casos mais graves ou quando os sintomas são incapacitantes, a cirurgia costuma ser indicada. É importante discutir com um médico especialista em coluna para determinar a melhor opção de tratamento para o seu caso.

Cirurgia para a mielopatia cervical, vale a pena? 

Cirurgia para a mielopatia cervical, vale a pena? 

A decisão de realizar a cirurgia para mielopatia cervical deve ser feita em conjunto com o médico de coluna, considerando a gravidade dos sintomas, o tempo de evolução e as condições clínicas do paciente. 

É importante pontuar que, às vezes, a cirurgia é indicada para prevenir que, no futuro, apareçam complicações mais sérias dessa doença, como a perda do movimento dos braços e das pernas.

Quando considerar a cirurgia? 

A cirurgia é recomendada quando há uma progressão significativa da condição ou quando os sintomas afetam negativamente a qualidade de vida. 

Existem diferentes opções de tratamentos cirúrgicos para a mielopatia cervical. Quando os sintomas são apenas dores persistentes que não melhoram com a fisioterapia, fortalecimento e medicamentos, pode ser realizado um bloqueio ou infiltração na coluna cervical.

Quando existe fraqueza ou perda de força nos braços e pernas ou quando a compressão for mais intensa, está indicada a cirurgia de artrodese para correção. Essa cirurgia pode ser feita por via anterior, sendo realizado um corte na região anterior do pescoço, retirando os discos intervertebrais doentes, substituindo-os por próteses. 

Outra forma de cirurgia é a artrodese por via posterior, na qual é realizado um corte na região posterior do pescoço, com retirada dos ossos e ligamentos que causam a compressão, realizando a fixação da coluna com placas ou parafusos.

Além disso, hoje também já é possível realizar o tratamento da mielopatia cervical com a endoscopia de coluna, com um corte muito pequeno, recuperação mais rápida e ida para casa mais precoce.

Se você tiver alguma dúvida em relação às diversas opções de tratamento cirúrgico, entre em contato com o Dr. Felipe e agende sua avaliação!

Quais são os riscos?

Existem hoje alguns recursos que trazem mais segurança para a realização desse tipo de cirurgia. Um deles é a monitorização neurofisiológica, uma técnica que permite informar, mesmo com o paciente anestesiado, se há algum risco de lesão da medula cervical, garantindo um ambiente de cirurgia mais seguro.

O treinamento, a dedicação e o preparo da equipe cirúrgica e anestésica é vital para um resultado bem-sucedido. 

Com isso, o risco de complicações diminui bastante, porém alguns riscos possíveis são: dificuldade de engolir nos primeiros dias, rouquidão e infecção das próteses. 

Uma grande dúvida é se a cirurgia faz perder os movimentos dos braços e das pernas. Hoje, com todas essas técnicas mais seguras, esse risco tornou-se muito mais baixo.

 Quanto tempo dura uma cirurgia?

O tempo de cirurgia varia de acordo com a técnica escolhida.

As cirurgias de bloqueio ou infiltração na coluna são bastante rápidas, sendo realizadas em cerca de 30 minutos, com possibilidade de ir embora no mesmo dia.

Já as técnicas de artrodese cervical variam de acordo com a quantidade de segmentos da coluna que precisam ser corrigidos, oscilando entre uma hora a três horas, por exemplo.

A endoscopia de coluna costuma também ser mais rápida, geralmente sendo realizada dentro de uma hora a uma hora e meia.

Como é o pós-operatório da cirurgia?

Após a cirurgia, é necessário um período de recuperação adequado. A boa notícia é que hoje a possibilidade de voltar para casa de forma mais rápida é bem maior. Mesmo nas cirurgias de artrodese da coluna cervical, existe a possibilidade de ir para casa no dia seguinte.

Nesse período, recomenda-se retomar suas atividades diárias em casa, não é necessário permanecer longos períodos em repouso e a expectativa é que entre 15 a 30 dias já seja possível retomar algumas atividades de trabalho que não exigem tanto esforço.

É sempre bom lembrar de manter um acompanhamento regular com o neurocirurgião especialista em coluna, com visitas e consultas regulares e exames de controle para garantir um excelente resultado.

Conclusão

conclusão sobre mielopatia cervical

No texto de hoje, você descobriu que a mielopatia espondilótica ou canal estreito cervical é uma condição muito frequente e que pode apresentar diferentes sintomas. 

Além disso, pode entender melhor como essa doença é formada e descobrir que existem diversas opções de tratamentos.

Se você está sofrendo com dores, fraquezas ou formigamentos, é essencial buscar um médico especialista em coluna para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. 

Inclusive, você pode contar com a vasta experiência do Dr. Felipe Mendes e receber um atendimento altamente especializado.

Gostou do artigo de hoje? Então, acesse sempre o blog do Dr. Felipe Mendes e não perca nenhum lançamento!

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