Você sabia que a cirurgia de hidrocefalia é um dos tratamentos mais indicados quando se desejam maiores taxas de sucesso?
Porém, antes de estabelecer o melhor tratamento, é fundamental consultar um médico especializado, como um neurocirurgião, para realizar uma avaliação clínica detalhada e personalizada.
Quer aprender mais sobre a cirurgia de hidrocefalia, bem como suas causas, sintomas e tratamentos?
Então, continue conosco e boa leitura!
O que é hidrocefalia?
A hidrocefalia é uma doença provocada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) nas cavidades ventriculares do cérebro.
É importante mencionar que a produção normal do LCR é fundamental, pois esse líquido é responsável por proteger as estruturas do sistema nervoso, além de exercer outras funções como fornecimento de nutrientes, remoção de resíduos e auxílio na regulação da pressão intracraniana.
O organismo é capaz de produzir líquor (como também é chamado o LCR) de forma suficiente a cada dia. Inclusive, ele também é capaz de absorver a mesma quantidade produzida. Fato curioso: a cada 8 horas são produzidos, em média, cerca de 150 ml de líquor.
No entanto, quando ele se acumula no espaço intracraniano, promove um aumento da pressão interna, levando ao surgimento dos sintomas de hidrocefalia.
Quais são as causas?
A hidrocefalia pode ser dividida em dois tipos – a forma congênita e a forma adquirida. Cada tipo possui causas específicas para o desenvolvimento da hidrocefalia.
Na hidrocefalia congênita, o bebê já nasce com essa condição clínica ou o diagnóstico já é feito dentro da barriga da mãe.
Malformações ou doenças infecciosas intra útero podem ser motivo para o surgimento desse problema.
Na forma adquirida, a hidrocefalia pode surgir em qualquer momento da vida, sendo resultado de outros problemas como meningite, infecções, tumores, entre outros.
Além disso, alguns traumas – os traumatismos cranianos – podem provocar o desencadeamento da hidrocefalia. Inclusive, existem alguns tipos de hidrocefalia em que não é encontrada nenhuma causa aparente.
Os sintomas da hidrocefalia, independentemente da causa costumam ser os mesmos:
- letargia;
- crises epilépticas;
- dor de cabeça;
- irritabilidade;
- náuseas e vômitos;
- dificuldade para enxergar e caminhar;
- sonolência excessiva.
- aumento do perímetro cefálico (aumento da cabecinha do bebê)
Além disso, a hidrocefalia também pode afetar algumas funções cognitivas do indivíduo como, dificuldade de raciocínio e de concentração, além de falhas de memória..
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Como tratar a hidrocefalia?
Antes de tudo, é importante saber que a forma pela qual a hidrocefalia será tratada depende da avaliação clínica detalhada.
Dessa forma, o profissional médico pode estabelecer a melhor conduta terapêutica para tratar essa condição, levando em consideração o tipo e a causa da hidrocefalia.
Em alguns casos, por exemplo, pode haver uma obstrução, causada por um cisto ou até mesmo um tumor. A remoção dessas lesões, por sua vez, pode solucionar a hidrocefalia.
Existe remédio para controlar a hidrocefalia? Infelizmente, a utilização de medicamentos não é eficaz. Até existem alguns medicamentos que podem reduzir a produção do líquor, porém sua eficácia é baixa e temporária.
Dessa forma, na maioria dos casos, o tratamento considerado definitivo é a cirurgia de hidrocefalia e, atualmente, ela pode ser realizada a partir de duas formas, a saber:
- neuroendoscopia ou endoscopia ventricular: por meio de um sistema de câmera colocado através de um pequeno orifício, é criada uma abertura na assoalho da cavidade ventricular – terceiro ventrículo – gerando um novo canal de comunicação, uma via alternativa que permite a passagem do líquor;
- derivação ventricular: é um sistema tubular, que possui um cateter introduzido na cavidade ventricular que possibilita a drenagem do excesso de líquor para outras regiões do corpo como, por exemplo, a cavidade peritoneal.
Como é feita a cirurgia de hidrocefalia?
A resposta é: depende! Cada cirurgia possui uma forma detalhada e específica de realização. Assim, a DVP (derivação ventrículo-peritoneal) possui características distintas da neuroendoscopia.
A cirurgia de DVP é considerada uma cirurgia relativamente rápida e leva, aproximadamente, caso não haja nenhuma complicação, cerca de 1 hora.
Inclusive, essa é uma cirurgia de hidrocefalia que possui rápida recuperação, a depender das condições clínicas de cada um e da doença de base.
Sob anestesia geral, são realizadas duas pequenas incisões na pele, sendo uma no couro cabeludo e a outra na região abdominal.
Entre essas incisões, o sistema da válvula fica alojado no espaço subcutâneo, embaixo da pele, onde o cateter intracraniano é acondicionado na região parietal (atrás da orelha) e o cateter abdominal abaixo das costelas.
O paciente submetido a essa cirurgia fica internado por, aproximadamente, um dia, sendo muitas vezes possível a alta hospitalar no dia seguinte à realização do procedimento.
A cirurgia por neuroendoscopia, por sua vez, também possui um tempo de duração relativamente breve, além de possibilidade de rápida recuperação.
O neurocirurgião realiza, sob anestesia geral, uma incisão pequena na região frontal, logo atrás da linha do cabelo . Por meio de um pequeno orifício, o endoscópio é inserido até chegar nos ventrículos.
Além disso, é possível introduzir por dentro desse neuroendoscópio materiais que possibilitam realizar as comunicações dentro do sistema ventricular.
Inclusive, essa cirurgia também pode ser utilizada para reduzir a produção de LCR a partir da coagulação do plexo coróide, estrutura responsável pela produção de líquor. Além de permitir a retirada de lesões, tumores e realizar biópsias.
Como é o pós-operatório?
Após a realização da cirurgia, seja ela qual for, haverá uma constante avaliação das funções neurológicas. Além disso, a reabilitação também é uma ferramenta indispensável.
Porém, é importante que o paciente saiba que a recuperação está diretamente relacionada à doença de base que desencadeou a hidrocefalia e às condições neurológicas prévias à realização da cirurgia.
Inclusive, o paciente também deve saber que, por se tratar de uma intervenção cirúrgica, existem riscos durante e após o procedimento.
Exames periódicos complementares, como ressonância magnética, raio x e tomografia computadorizada, por exemplo, podem ser solicitados para verificar se a DVP, por exemplo, está funcionando corretamente.
Assim, o prognóstico, bem como o tempo de recuperação, depende da causa da hidrocefalia, do tamanho e da proporção dos danos neurológicos e do tempo que o indivíduo passou sem o devido tratamento.
Após um período curto, entretanto, a maioria dos pacientes acabam apresentando uma melhora significativa dos sintomas, principalmente das dores de cabeça, já que há redução da hipertensão intracraniana.
Com relação às crianças, o adequado tratamento contribui para que o cérebro se desenvolva de forma adequada por toda a vida, sem comprometer as funções neurológicas e cognitivas
Qual é o valor de uma cirurgia de hidrocefalia?
Essa é uma dúvida bastante comum entre os pacientes que precisam realizar a cirurgia de hidrocefalia.
No entanto, ela não possui uma resposta tão simples assim. Isso porque o valor de uma cirurgia de hidrocefalia depende do tipo de cirurgia e de outros aspectos que devem ser levados em consideração, como necessidade de recuperação em leito de unidade de terapia intensiva.
Porém, o primeiro passo é passar por uma avaliação clínica com um neurocirurgião especializado em hidrocefalia.
Dessa forma, ele pode determinar o melhor tratamento com o objetivo de atingir os melhores resultados possíveis.
Com bastante conhecimento sobre o assunto, o Doutor Felipe Mendes possui vasta experiência com técnicas avançadas que utilizam pequenos cortes ou incisões para tratar problemas de coluna e do cérebro, como a hidrocefalia.
Vale ressaltar que, durante a primeira consulta, você pode alinhar com o Doutor Felipe Mendes qual o plano de tratamento mais adequado para o seu caso.
Conclusão
No conteúdo de hoje, você aprendeu algumas formas de tratamento para a hidrocefalia.
Dentre elas, pode-se perceber que a cirurgia de hidrocefalia é uma das opções mais eficientes atualmente.
Além disso, foi capaz de perceber a importância de contar com um profissional altamente qualificado e que possui vasta experiência no mercado, atuando com técnicas modernas avançadas e procedimentos minimamente invasivos.
E aí, gostou de aprender mais sobre cirurgia de hidrocefalia? Então, acesse o blog do Doutor Felipe Mendes e não perca nenhum conteúdo exclusivo.
Dr. Felipe Mendes Ferreira, neurocirurgião e cirurgião de coluna, oferece um atendimento diferenciado, atencioso, focado na escuta e na compreensão do problema para propor soluções personalizadas em busca de melhor qualidade de vida para seus pacientes.
