Você já ouviu falar sobre escoliose? Se deseja saber mais sobre essa condição, você está no lugar certo. A escoliose é uma alteração em que a coluna vertebral se curva para o lado, podendo trazer desconforto e limitações para aqueles que a vivenciam.
Aqui está a boa notícia: existem inúmeros tratamentos para a escoliose, sendo a cirurgia de coluna uma das possibilidades, permitindo alívio dos sintomas e recuperação da qualidade de vida.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é a escoliose, como a cirurgia é realizada, seus riscos, tipos de escoliose, o processo de recuperação pós-operatória e muito mais.
Continue por aqui para descobrir como você pode dar um passo importante em direção a uma vida sem dor e livre da escoliose!
Afinal, o que é escoliose?
Antes de mergulhar nos detalhes da cirurgia de escoliose, é importante entender o que é essa condição.
A escoliose é uma anomalia em que há uma curvatura anormal – uma angulação superior a 10 graus – da coluna vertebral. Esse desvio ocorre normalmente na coluna torácica e lombar.
O grande problema é que as deformidades decorrentes da escoliose podem trazer bastante impacto estético, funcional, podendo afetar a integridade de alguns órgãos como o coração e os pulmões e gerar quadros de dores persistentes.
Estima-se que até 3% da população mundial possui escoliose. Essa doença pode afetar pessoas de todas as idades, porém é mais comum em crianças, adolescentes e nos idosos.
Pode ocorrer devido a várias razões, sendo a escoliose idiopática – aquela sem uma causa bem definida – a mais comum, responsável por 80% dos casos. Além disso, outros fatores frequentemente identificados são:
- Influência genética
- Malformações congênitas como espinha bífida ou medula presa
- Doenças neuromusculares
- Envelhecimento
A má postura pode levar à escoliose? Esse é um questionamento muito comum. Isoladamente, pode não ser um fator muito forte, porém quando a má postura está associada ao sedentarismo, à falta de atividades físicas de fortalecimento muscular e ao processo acelerado de envelhecimento da coluna( a espondilose) pode favorecer o desenvolvimento da escoliose degenerativa, aquela que afeta os idosos.
Quais são os tipos de escoliose?
Resumindo o que foi dito anteriormente, a escoliose pode ser dividida em alguns grupos, a saber:
- Escoliose idiopática – a forma mais comum, sem causa específica conhecida
- Escoliose congênita – diagnosticada ao nascimento
- Escoliose neuromuscular – causada por doenças neuromusculares com as distrofias musculares
- Escoliose degenerativa – tipo de escoliose que afeta os idosos
Como saber se meu filho tem escoliose?
Muitas vezes, a escoliose pode não gerar dores na coluna. Dessa forma, é importante ficar atento a alguns sinais que podem indicar a presença dessa doença, como:
- Um ombro mais alto que o outro
- Cintura desalinhada
- Postura de inclinação para um dos lados ao permanecer com a coluna ereta
- Presença de deformidades, como gibas ou protuberâncias nas costas
Na suspeita de um dos sinais acima, é importante a avaliação de um neurocirurgião ou ortopedista especialista em coluna para realizar o diagnóstico adequado e propor a melhor forma de tratamento.
Sempre é necessário utilizar o colete?
Para definir o melhor plano de tratamento, é importante considerar vários fatores. O tratamento depende da idade da criança ou do adolescente, qual a gravidade da angulação da coluna e se ainda há expectativa de crescimento até atingir a altura final.
Casos leves podem ser apenas acompanhados de perto, sem necessidade de nenhuma intervenção. Nos casos moderados, os coletes podem ser indicados junto com exercícios de fisioterapia e fortalecimento muscular, além de utilização de analgésicos para os casos em que há queixas de dores nas costas.
Quando esse procedimento é indicado?
A cirurgia de escoliose não costuma ser a primeira opção de tratamento nos casos leves a moderados. Quando são tentadas todas as formas de tratamento, incluindo o uso do colete, e, ainda assim, há progressão da curva de escoliose, a cirurgia é indicada.
Em casos com curvas de escoliose muito acentuadas – geralmente acima de 50 graus – ou curvas com angulações até menores, cerca de 40 graus, porém com crianças e adolescentes ainda em fase de crescimento acelerado, a cirurgia costuma ser o tratamento mais resolutivo.
Como é feita a cirurgia de escoliose?
A cirurgia de escoliose é um procedimento reservado para os casos de escoliose mais acentuados e sem melhora com outras medidas não invasivas.
Essa cirurgia envolve a colocação de parafusos para realinhar a curvatura da coluna. Esses parafusos são colocados nas vértebras da coluna guiados por aparelhos de RX, após realizar um corte ou incisão na região posterior das costas.
Muitas pessoas perguntam se a cirurgia de escoliose é perigosa. Hoje, existem muitas tecnologias, materiais e próteses avançadas, além de treinamentos e capacitações da equipe cirúrgica e da equipe anestésica, que possibilitam um ambiente de cirurgia mais seguro e com bons resultados.
A quantidade de materiais e parafusos a serem utilizados depende da gravidade da escoliose. O tempo total de cirurgia pode variar de 3h a 6h normalmente. Existem alguns casos que podem durar até mais tempo.
Geralmente a recuperação pós-operatória imediata é realizada em ambiente de terapia intensiva, na UTI.
Quais são os riscos da cirurgia de escoliose?
Como qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia de coluna para escoliose envolve alguns riscos. Mesmo que hoje o ambiente seja muito seguro, com equipes altamente treinadas e com a utilização de tecnologias de ponta, pode haver algumas complicações.
Pode haver sangramento excessivo, risco de infecção das próteses e algumas outras complicações respiratórias. O risco de perda da capacidade de andar após uma cirurgia como essa é baixo, já que existe a possibilidade de um recurso tecnológico chamado monitorização neurofisiológica.
Essa técnica permite mapear e avaliar como anda a integridade da medula e dos nervos mesmo com o paciente totalmente anestesiado, isso traz muita segurança para o ato cirúrgico.
É essencial discutir esses riscos detalhadamente com seu médico neurocirurgião ou ortopedista especializado em coluna antes de tomar uma decisão informada sobre a cirurgia.
Pós-operatório cirurgia de escoliose, como é?
Quanto tempo devo ficar de repouso?
Após a cirurgia, o paciente é encaminhado para a unidade de terapia intensiva – UTI – onde permanece por cerca de 1 a 2 dias, caso não haja nenhuma intercorrência. Após esse período, ele ainda fica no hospital por alguns dias e depois pode ser liberado com segurança para sua residência.
Não é necessário um repouso absoluto, é possível já caminhar e andar pela casa nos primeiros dias, respeitando seus limites e caso haja um bom controle de dor. Após algumas semanas, são iniciados os trabalhos de fisioterapia para acelerar o processo de melhora.
Além da fisioterapia, podem ser incluídas atividades de fortalecimento muscular. Após cerca de um a dois meses, já é possível realizar a grande maioria das atividades diárias, incluindo a retomada de atividades físicas.
Posso voltar a praticar esportes após a cirurgia?
O grande objetivo da cirurgia de escoliose é garantir que haja uma correção adequada e que o paciente consiga realizar todas suas atividades, sem nenhuma restrição.
Após a realização de um período de atividades de fisioterapia e fortalecimento muscular, é possível e aconselhável que todos os pacientes retomem suas atividades físicas favoritas como nadar, jogar futebol, praticar dança, corridas, entre outras.
Como fica a coluna após a cirurgia?
A cirurgia de escoliose visa a corrigir a curvatura anormal da coluna, proporcionando uma postura mais ereta e alinhada. O resultado final dependerá de diversos fatores, incluindo a extensão da curvatura inicial e a resposta do corpo à cirurgia.
A maioria dos pacientes experimenta uma melhora significativa na sua postura e na qualidade de vida após o procedimento.
É importante ressaltar que muitas vezes o objetivo não é realizar uma correção total da curvatura, sendo uma correção parcial já bastante satisfatória.
Cirurgia de escoliose, qual o valor do procedimento?
O custo da cirurgia de coluna para escoliose pode variar significativamente. Fatores como a idade do paciente, a angulação da curva da escoliose, a quantidade de materiais utilizados, o tempo de permanência em unidade de terapia intensiva e o tempo de duração da cirurgia são levados em consideração no momento da elaboração do orçamento.
Dessa forma, é fundamental discutir com o seu neurocirurgião todas as etapas e os custos envolvidos de forma detalhada. É importante lembrar que esse tipo de cirurgia é coberta pelos convênios ou planos de saúde caso tenha um.
Conclusão
No texto de hoje, você pode ver que a cirurgia de escoliose pode oferecer uma nova esperança para aqueles que vivem com dor e limitações devido a essa condição. Se você conhece alguém que está enfrentando os desafios da escoliose, recomende esse texto.
O Dr. Felipe Mendes realiza uma consulta acolhedora, entendendo todos os fatores que envolvem a escoliose, além de contar com uma equipe altamente treinada e especializada, tendo, à sua disposição, as melhores tecnologias disponíveis. Agende hoje mesmo sua consulta!
Dr. Felipe Mendes Ferreira, neurocirurgião e cirurgião de coluna, oferece um atendimento diferenciado, atencioso, focado na escuta e na compreensão do problema para propor soluções personalizadas em busca de melhor qualidade de vida para seus pacientes.
